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Biribiri: de vila fantasma a vila viva

As casas vazias que deram fama à vila na região de Diamantina ainda existem, mas estão bem cuidadas e fazem o contraste com o vaivém pelas ruas gramadas, onde há pousada, restaurantes e um café.
A rua principal de Biribiri é um imenso gramado - Foto: Odilon Amaral
Para quem nunca visitou a Vila do Biribiri, a 15 quilômetros de Diamantina, as surpresas começam na estrada. O caminho de terra atravessa um parque estadual com mata nativa e cachoeiras, como a Sentinela e suas disputadas piscinas naturais. No topo da descida para Biribiri, recomendo preparar a câmera: a vila vai aparecendo aos poucos, à direita da estrada, num vale onde avistamos uma grande rua gramada, dividindo as casas perfeitamente alinhadas e pintadas com as mesmas cores: paredes brancas e janelas azuis.
 
Vila de Biribiri. Para entrar é preciso pagar R$ 10,00 – Foto: Herbert Cabral

A igreja restaurada está logo na entrada e, bem ao lado, há uma sequência de casas pequenas e praticamente iguais. Parece uma vila onde qualquer pessoa poderia morar, mas na verdade é a propriedade da empresa Estamparia S/A e de uma Associação.

 
Clique no vídeo e veja como as construções se harmonizam na vila – Imagens: Herbert Cabral
 
O que fazer em Biribiri
 

Talvez esse seja o charme de Biribiri: é um lugar onde podemos apenas visitar por um dia ou, com sorte, conseguir se hospedar por alguns mais. Duas casas podem ser alugadas e há também uma pousada com 12 quartos. O gramado se estende por uma pracinha cercada de casas que ficam vazias e trancadas. Talvez por isso, há alguns anos, Biribiri foi chamada de vila fantasma.

 
A pracinha e o café (ao fundo) garantem o movimento em Birirbiri – Foto: Odilon Amaral

Não é mais o caso: nos fins de semana ou feriados, a praça fica movimentada com os visitantes, assim como os dois restaurantes e o café. Como não é permitida música na vila, o que pode ser um alívio, Biribiri acaba sendo agradável como lugar de descanso, para ir com grupos de amigos, com crianças, e para quem gosta de passeios pela natureza.

 

Biribiri tem espaço de sobra para descanso e diversão – Imagens: Herbert Cabral

 
A história da Vila do Biribiri
 

A Vila do Biribiri foi criada em 1876 para ser moradia dos funcionários de uma fábrica de tecidos. No auge do funcionamento, teve 600 funcionários. A vila teve um pensionato, hoje fechado, barbearia, escola, armazém, também fechados. A fábrica funcionou por quase 100 anos e encerrou as atividades em 1972.

 

O Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Biribiri é tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais – IEPHA – MG desde 1998.

 

A escritora Alice Brant, que escreveu o livro “Minha Vida de Menina” -um diário dela quando adolescente em Diamantina, nos anos de 1893 e 1894 -, registrou sua visita à vila na época com essa frase: “Não teria pressa de ir para o céu se morasse em Biribiri”.

 
Fim de tarde em Biribiri – Foto: Odilon Amaral
 
 

Outras dicas aqui:

** Para entrar na vila de Biribiri é preciso pagar R$ 10,00.

**O Parque Estadual Biribiri protege uma área de 17 mil hectares em torno da vila e a entrada é de graça.

 

** O preço da pousada Vila do Biribiri é em torno de R$ 150,00 por pessoa, com café da manhã. Esses valores são de maio de 2023. Informações sobre reservas no site www.pousadaviladobiribiri.com.br

** As casas podem ser encontradas no aplicativo Airbnb.

 
 
 

As nossas reportagens podem ser republicadas, desde que sem qualquer tipo de alteração e que seja citada a fonte. Deve constar o(s) nome(s) do(s) autor(es) da foto e/ou da reportagem, assim como o nome do Projeto Preserva e, quando possível, o link para a página em que o material foi publicado originalmente.


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